Cooperação prevê destruição ambientalmente controlada de PCBs no Brasil
Marcelo Marcondes, Diretor de Relações Internacionais da ANAMMA, participou nesta quarta-feira do Seminário Técnico Inicial do Projeto para Destruição Ambientalmente adequada de PCBs no Brasil, compondo uma grande rede de stakeholders de diferentes setores, governos federal, estaduais e municipais, setor elétrico, indústria, hospitais públicos e prestadores de serviços.
O Projeto Eliminação Ambientalmente Adequada de PCB no Brasil, aprovado em dezembro de 2021, a ser concluído até 2026, mediante parceria entre MMA e PNUD A iniciativa de cooperação técnica internacional para a “Destruição Ambientalmente Adequada de PCBs no Brasil”, é desenvolvida com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a correta gestão de “bifenilas policloradas (PCBs)”, foi o tema do evento de lançamento. Os PCBs, considerados como “poluente orgânico persistente (POP)”, são um grupo de produtos químicos orgânicos sintéticos que não têm sabor ou cheiro conhecido e variam em consistência de um óleo a um sólido ceroso, ou pó branco. A substância é usada em centenas de aplicações industriais e comerciais, incluindo turbinas de transmissão de gás; fluídos hidráulicos; acabamento para pisos; tintas à base de óleo; espumas; equipamentos elétricos; entre muitos outros. Apesar de o Brasil nunca ter fabricado PCBs, estima-se que o País importou de 14 a 26 mil toneladas de fluidos, o que corresponde de 1% a 2% da produção mundial.
“Hoje o País dá um passo importante, resultado de cooperação e muito trabalho e dedicação de todos os setores da sociedade”, disse o Secretário de Qualidade Ambiental do MMA, André França. “Vamos resolver o problema com uma solução viável técnica e economicamente, com ganhos sociais e ambientais”, reforçou França.
UNDP reforça que entre 2009 e 2019, o PNUD, com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), apoiou o governo brasileiro na implementação desse projeto, que apresentou avanços significativos para o cumprimento das metas estabelecidas pela Convenção de Estocolmo, em vigor desde 2004. Essa Convenção determina que os países signatários adotem medidas de controle relacionadas a todas as etapas do ciclo de vida – produção, importação, exportação, uso e destinação final – de substâncias estabelecidas no documento como poluentes orgânicos persistentes, entre elas as PCBs.
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