O que é o chorume?

Sexta-feira, 30/05, foi realizada vistoria aérea (de helicóptero do Aeroporto de Jacarepaguá) aos lixões de Jardim Gramacho (Duque de Caxias), Itaóca (São Gonçalo), Bongaba (Magé) e na Estação de Tratamento de Esgotos da Alegria (bairro do Cajú, Rio de Janeiro) com participação da presidência do Instituto Estadual do Ambiente (INEA), órgão da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), superintendência do IBAMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), pesquisador da UERJ (Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente) e do Movimento Baía Viva.

O que é o chorume?

O chorume é um líquido escuro e altamente tóxico, resultante do processo de decomposição do lixo. As Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) não foram construídas para diluir chorume, que é um poluente altamente tóxico. Ao continuar jogando ilegalmente chorume, vamos continuar levando todos estes elementos tóxicos, perigosos para a cadeia alimentar dos corpos hídricos e baías fluminenses onde têm sido despejados ilegalmente.

A Baía de Guanabara desde 1998 tem status de proteção legal pela Constituição Estadual-RJ como Área de Preservação Permanente (APP) e como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) e em 2012 foi reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, continua sendo fortemente impactada por uma descarga anual estimada em 1 bilhão de litros de chorume não tratado, oriundo de lixões e aterros sanitários localizados em municípios do entorno da Baía como o Lixão Metropolitano de Jardim Gramacho (Duque de Caxias), Lixão de Itaóca (São Gonçalo), Lixão de Bongaba (Magé) e Lixão de Babi (Belford Roxo), entre outros. O despejo irregular desse efluente tóxico está provocando a contaminação das águas, manguezais e territórios pesqueiros, afetando diretamente a saúde de pescadores/as artesanais e catadores/as de caranguejos, gerando prejuízos à biodiversidade marinha e impactos socioeconômicos severos nas comunidades costeiras.

#baíaviva💚🌍🐬🦩🌻